segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Abre a janela

Olhe pela janela.
Lá fora, só amplidão
-- Que se esparrama
por cima do arvoredo
-- Que se estende
sobre os penhascos
-- E, que descansa
pelas campinas,
como um tapete,
cobrindo o chão...

Pura grandeza
do infinito,
só poderia ser
a amplidão!
Solene deitada
cobrindo o chão!..

E aqui dentro
-- do lado de cá da janela,
uma noite azul
reverberando o céu...
Teus passos giram
giros sem fim,
como se fossem estrelas
navegando ao léu.

Insignificantes,
mas persistentes,
os teus anseios -- são meus!
São para ti nada,
Para mim tudo:
Quero senti-los todos
nos braços esperançosos meus.

O azul da lua
quer sufocar-te;
Da janela o clarão que libertar-te!
Não tenhas medo.
Abre a janela --
espie do lado de lá
a amplidão do infinito...
Verás o quanto
o mundo todo é bonito!

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