segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De ninguém nada

Toca! Toca! Toca!
Toca! Ó, telefone!
Anuncie o meu chamado.
Quero falar com o prelado
-- o Pastor assoberbado...
Oprimido por si próprio --
Pelas coisas da vida atarefado.

Não por acaso que
O seu rebanho diminui
A olhos vistos. -- Ele acha
Que de Deus a vontade é assim.
Atender aos aclamos da membresia
Não cunhou ainda um conceito
no micro dicionário do seu "pasquim".

A sua posição de vigilante
É não cair, como um galho seco,
Despencando de uma árvore gigante.
Na escala da situação, se destaca
-- a si mesmo, por si próprio, como
Um mestre da maestria de manter-se
Cabmbaleante, sem cair ao chão!..

Inimigos tem alguns.
O que o azucrina muito, apenas um.
Como uma pedra no seu sapato, ou
Como um nó que não se desata!
Deste modo, torna a vida de maestro
Extenuante e pouco de ser grata.
A saída: Não atender a chamada!

Na hierarquia da relação confiante
Sou apenas um irmão "pensante"!
Dos conluios de manada
Sinceramente, eu não curto nada.
Só por isso, possivelmente, tomba
No vasio toda a minha chamada...
O telefone toca. De ninguém nada!

09.01.2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário