Perdi, na sua imagem,
da existência as imagens
dos tabuleiros do viver.
No remoinho dos contrários
senti-me só... Perdido!
-- Distante de você.
Quando imagino,
nunca estive tão perto
ao ponto de sentir-me
distanciando-se dos braços seus.
Eles nunca me abraçaram,
pois jamais e nunca foram meus.
Nem eram seus, tampouco.
Pura visão da minha imaginação.
Agora, relembrando as lembranças
continuo-me a sentir sozinho...
Ruminando as palavras que tracejo
no espaço sem linhas de um cartão.
No gélido granito recostado
Sinto saudades de você.
Saudades não da imagem sua
que não a tive junto a mim. Mas,
do andar ligeiro que você pisava
ao deslisar pelo asfalto escuro
da rua que afugentava de mim você!
Ainda pergunto, às vezes
-- Por que?
Seus olhos diziam sempre
"Devo fugir, nem sei porque!"
E eu, sabia disso
Porque você estava retratada sempre
nos tabuleiros da vida.
-- Por quê?
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