segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Escamotearam


Quatrocentos e nove registros de atos
de meio século de história se foram!
Perderam-se no labirinto das futricas
de guardiães da fé. Em que? Não sei!!
Só sei que escamotearam os trilhos,
daqueles que passagem antes deles,
abrindo-lhes os caminhos...
Não lhes deram o valor devido.
Por sobre o passado seu, fizeram
um inusitado "arrasta pé".

E acredite, quem quiser!
Estava eu lá. Eu vi!
Nada falei...
Contribui!
Narro os fatos agora
Não porque pretendo me redimir; Mas,
para que saiba a posteridade
de como se move a "humanidade"
quando se entrega nas mãos dos
-- fariseus
-- pretensos patriarcas
-- defensores da fé
-- falsos letrados
-- os que soletram textos
-- não sabem conjugar o verbo e não
entendem dos espanhois o silabeo...

Alguém pergunte-me agora:
"Foi isso que aconteceu?"
Não sei! Posso dizer apenas que --
O registro dos atos, de meio século
de atividade séria, dos que estiveram
aqui antes de nós, se escafedeu...
O tempo exato -- na ponta do lápis
São trinta e oito anos.
Onde foram trancados? Em que armário
E ao sabor de que café?
-- Jamais se saberá.
Se fez o fato ser oficial, até.
Pois é. Dizem que é pura questão de fé.

E tudo se fez novo. E de novo! Por que?
Ao sabor das ventanias do querer,
Das sabedorias -- Das vontades,
Das visões humanas de ser...
De poder, melhores que as dos outros,
obras sempiternas construir... Então,
O que se mostra-nos ser antigo, se deve
demolir, demolir, demolir e demolir.
Vivemos em tempos consumistas;
Portanto, o tempo se presta a consumir!
O que se diz história,
se presta ao demolir -- Para,
em seu lugar, algo de nosso construir!..

Já que temos idéias parcas --
Esqueçamos, por instantes, que
somos filhos dos que se foram
e durmamos tranquilos o sono
de calmarias. Esqueçamos que
fomos criados com dignidade dos hiparcas.

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