terça-feira, 6 de novembro de 2012
Se deu assim
Não são saudades do passado...
Portanto, saudosismo não pode ser.
Apenas refletindo as coisas como andam
-- Os que constroem, também destroem!
Vejamos a história, de um grupo
que se dizia: Nós não teremos
jamais um fim! Se deu assim:
Se uniram. Se organizaram.
Cotizaram-se os meios... Construiram.
Eram anos cinquenta. Irmãos fluiram!.
Fluiram cantando músicas da pátria --
Doçura celeste efluiram.
Um templo erigiram.
Cantavam Glórias! Progrediam...
Venerando o sacrosanto nome de Deus
A Sua Palavra de Vida difundiam...
Unidos na fé, cada vez mais cresciam!..
E perseveravam na doutrina,
e na comunhão, e no partir do pão.
Em toda parte havia temor,
E muitas maravilhas e sinais se faziam:
-- Havia um coral misto,
-- Havia um coral masculino,
-- Havia uma orquestra de cordas:
violino, banjo, bandolins e violões.
-- Uma sanfona Scandalli de 120 baixos.
-- Um Maestro regente. Sabia cantar!
Ensaiava as quatro vozes, fazendo
as vezes das suas funções.
O Pastoreio foi mudando.
Aos poucos, a história foi se interrompendo.
O farol da barra do horizonte se apagava.
Algo novo, subrepticiamente, se apresentava!
Anos setenta terminariam uma maratona de
Mestres, que fixar-se não conseguiram, Todos,
um a um -- como se fila indiana, partiram.
Cada um cuidar de si... Assim, preferiram!
Havia um. Não era mestre, nem mestrinho...
Porém esperto como só ele era. Se proclamou!
Ganhou e submeteu a si o que restou.
Assim, a história degringolou.
A planta que tinha tudo para crescer
Murchou. Quem a plantou
Jamais teria imaginado em pensamento
um fim assim indigno do nosso momento!
O relato desse poema
Não passa de uma tragicomédia abstraida
da real vivência -- de alguns, do palco
da vida... Poderia ser melhor usufruida!
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