segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Gelo polar


Полонский Яков Петрович (1819 - 1898)
Jakov Petrovič Polonskij
Prosador e poeta russo

Tradução do russo por Mykola Szoma
(Полярные льды, 1871)

Gelo polar

Aqui vivemos a primevera; Ali -- ondas quebrando
Grandes volumes de geleiras -- Navegam em neblinas --
Navegam em dias claros; Depois -- derretem sob o luar,
               Jogando as lágrimas para o mar.

A tempestade, ou cobre as geleiras de espuma --
Quebrando-as depois; Ou envolve as geleiras em calmarias
-- Quando as estrelas se confunfem com as estrelas,
E o frio oceano, que durante a noite ruboriza adoentado,
               Descarta-as sob a forma de colunas.

E com saudades das grandes geleiras, dos paises polares,
Os blocos de gelo nadam ao sul -- Até as margens de cá...
Até estes rochedos, nos quais está acesa a nossa lareira,
               Que joga a sua fumaça sobre os pinheirais.

Elas jamais retornarão aos limtes da sua querida pátria,
Também, chegar às praias da nossa costa nunca poderão...
Somente os suspiros seus, os ventos trarão até nós --
               Para sufocar a nossa primavera...

Ora verdeja o cume dos outeiros, ora os brotos das bétulas;
Porém, o dia já se mostra carregado. Cuvisco de nevasca. --
Assim não era ontem: -- Nós nos afogávamos em quntes sonhos.
               Hoje, um sopro de frios ventos.

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Nota:
"Quando as estrelas se confunfem com as estrelas"
refere-se à "noite polar" -- é a noite que dura
mais de 24 horas, fenômeno que ocorre nas regiões
polares, na zona delimitada pelos círculos polares.

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